MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA DOS POVOS INDÍGENAS NO
BRASIL COLONIAL
Queridos alunos !
Leia com atenção a História da Guerra de diversos povos indígenas, liderados pelos Tamoios na
organização e estratégias para retomar a liberdade ameaçada pelos europeus que chegaram ao
Brasil.
A RESISTÊNCIA ÌNDIGINA NO BRASIL COLONIAL
Com a chegada definitiva dos portugueses em território brasileiro surgiu uma série de problemas
para os indígenas brasileiros. Modos de vida tão distintos logo entraram em conflito. Os líderes
dos Tupinambás logo perceberam que precisariam de reforços para resistir à “intromissão "dos
portugueses na cultura indígena. Para isso criaram um Conselho com vários povos que deu
origem à Confederação dos Tamoios. Vamos entender que movimento de resistência indígena foi
esse?
A Confederação dos Tamoios foi uma luta pela liberdade e durou longos 12 anos (1554/55-1567).
Reuniu diferentes grupos indígenas e uniu importantes chefes que marcaram a história do
nascente Brasil. Seus feitos são pouco conhecidos – e reconhecidos –, mas foram eles que
dignificaram aqueles primeiros anos de contato. Conforme lembrou Aylton Quintiliano em A
Guerra dos Tamoios (Relume Dumará, 2003, p.19):
Que fique claro aqui, no entanto, que esse desfile de elogios aos Tamoios não é um tecido
romântico. Antes, é um elogio à sagacidade indígena que vem provar que os “índios” não eram
pacíficos ou facilmente domesticados pelos colonizadores. Ao contrário da imagem que foi criada
e recriada posteriormente, eles – tupis e tapuias – resistiram bravamente contra os desmandos
colonialistas.
Para tanto, basta lembrar que a primeira tentativa de estabelecer uma ação política no Brasil foi a
criação das famosas capitanias hereditárias. Com raras exceções, elas acabaram não
funcionando por conta da resistência indígena. E as que deram certo e prosperaram – São
Vicente e Pernambuco –, conseguiram tal proeza graças ao apoio de lideranças que fizeram
acordos e alianças com os donatários.
Que fique claro, também, que havia os interesses dos indígenas em jogo. Os povos que andavam
por aqui eram guerreiros, formados para a guerra e gostavam muito de guerrear entre si.
A guerra entre os grupos era, desde sempre, uma prática muito comum, e a chegada dos
europeus – fossem portugueses, fossem franceses – acabou sendo mais uma oportunidade de
guerrear contra inimigos. Os estrangeiros foram vistos como aliados importantes nessa cruzada”
indígena. Afinal, os nativos tinham muito interesse em poder contar com as armas de fogo desses
estrangeiros para conseguir seu intento. Houve resistência permanente, portanto, contra os que
eram considerados invasores do território. Houve também alianças para vencer inimigos comuns,
além das trocas econômicas, e, enquanto os europeus foram úteis aos indígenas, as alianças
prosperaram e deram excelentes resultados para ambos os lados. Tais alianças e acordos
cessaram apenas quando os estrangeiros passaram a exigir um número absurdo de escravos
indígenas para trabalhar nos canaviais. Os indígenas viram nisso um claro sinal de que os
interesses de uns e de outros já estavam se mostrando opostos e enfraquecendo a organização
social dos Tupinambás, os quais aceitavam a escravidão dos cativos em guerra, mas não que
guerreiros fossem submetidos a um trabalho braçal, forçado, que não fizesse jus à sua condição
de valentia e destreza na arte da guerra. Trabalhar no campo, na roça, nas lidas domésticas era,
para os Tupinambás, função das mulheres, e eles não podiam admitir esse tipo de mudança
social.
(São Paulo - SP. Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo da
cidade : povos indígenas : orientações pedagógicas. – São Paulo : SME / COPED, 2019 , p.
59-61).
Responda
a) Como foi chamado a luta pelos Tamoios e diferentes grupos indígenas na luta pela liberdade
que durou 12 anos (1554/55-1567)
b) Quais eram os interesses indígenas em jogo durante o movimento de resistência indígena?
b )Você acha que hoje os indígenas estão organizados em movimentos de resistência e
preservação de sua cultura? Por quê? Dê exemplos.
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