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segunda-feira, 20 de julho de 2020

Atividade de Historia do 6° Ano

DESMISTIFICANDO A CULTURA INDÍGENA  


Queridos alunos ! 
Leia com bastante atenção o Texto :  Indígenas sim. Índios não!

    Indígenas sim. Índios não! No começo deste capítulo eu lhes contei da minha vergonha de ser índio, mas queremos deixar claro que era uma atitude generalizada e que aconteceu com crianças indígenas de toda parte do Brasil. Naquela época já se pressentia que algo estava errado com essa palavra. Sentia que ela não acrescentava nada ao meu ser individual e a rejeitei sem saber o que colocar no lugar. Eu não queria ser aquilo que todo mundo achincalhava. Eu queria ser alguém respeitado, admirado e, parecia, que eu não poderia ser eu mesmo. Teria que negar o que eu era para assumir o que os outros desejavam que eu fosse. Só mais tarde compreendi que eu era mais que alguém: eu era um povo.  De hoje em diante, que fique combinado que não haverá mais “índio” no Brasil. Fica acertado que os chamaremos indígenas, que é a mesma coisa que nativo, original de um lugar. Certo?  Digam o que disserem, mas ser um indígena é pertencer a um povo específico, Munduruku, por exemplo. Ser “índio” é pertencer a quê? É trazer consigo todos os adjetivos não apreciados em qualquer ser humano. Ela é uma palavra preconceituosa, racista, colonialista, etnocêntrica.
    É preciso nos libertarmos deste conceito que desvaloriza nossa diversidade. Precisamos entender que não existem “índios” no Brasil. Precisamos aprender como chamá-los, como festejá-los, como conhecê-los, como valorizá-los. Precisamos encontrar um lugar para eles dentro de cada um de nós. A melhor maneira de fazer isso é conhecendo-os da melhor maneira que pudermos. De hoje em diante, que fique combinado que não haverá mais “índio” no Brasil. Fica acertado que os chamaremos indígenas, que é a mesma coisa que nativo, original de um lugar. Certo? Bem, calma lá. Alguém me soprou uma questão: mais índio e indígena não é a mesma coisa? Pois é. Não, não é. Digam o que disserem, mas ser um indígena é pertencer a um povo específico, Munduruku, por exemplo
    Vocês devem ter notado que no nosso texto não usamos o termo "tribo" para nos referirmos aos indígenas brasileiros. Mas nem sempre foi assim. Levamos um tempo para compreender que o termo "tribo" é mais uma forma colonialista de se referir a algumas culturas que eram consideradas inferiores. É um termo que reduziu a cultura de um povo a apenas uma manifestação cultural. Seria algo como dizer que o Brasil é a grande mãe e a população nativa está dividida em grupos culturais que não se diferem, mas se complementam. 
    Quando falamos em povo, a coisa muda de figura. Um povo, além de todas as características próprias, traz consigo o fato de ser autônomo. Ou seja, não depende da cultura que o hospeda. Desse modo podemos dizer algo sobre o povo Munduruku, Xavante, Kayapó, Guarani, Wapichana, etc.

Autor  Daniel Munduruku 


Atividade 
Elabore cinco questões relacionadas ao texto. ( Seja Criativo ).

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